segunda-feira, setembro 13, 2010

O Cristianismo é Verdadeiro? Deus existe?


Deus existe? por Tawa Anderson

(Áudio MP3 aqui em breve)

Existe um Deus?1 Como você pode ter certeza que Deus existe? Você pode me provar que Deus é real? A existência (ou falta dela) de Deus faz alguma diferença significativa? Nietzsche estava certo ao declarar: "Deus está morto!"? Estas questões atacam diretamente no coração da existência humana, e clamam por nossa atenção pessoal e deliberação. Além disso, essas perguntas devem ser respondidas antes que possamos investigar a verdade do cristianismo. Afinal, se Deus não existe, então Jesus certamente não é Deus em carne e osso! Se Deus não existe, não existe nada na fé cristã digno de ser considerado. Neste breve ensaio, vou compartilhar três pistas persuasivas (tradicionalmente chamadas de argumentos ou provas) que apontam para a existência de Deus. Isso não é uma defesa para o cristianismo, mas sim para o teísmo básico - um argumento que Deus existe, não um argumento de que o Deus cristão é real.

A Condição Humana: Por Que Deus é Importante
Antes de analisar os argumentos para a existência de Deus, gostaria, de abordar brevemente a importância da existência de Deus. Para ser franco: quais são as implicações se Freud estiver certo - se Deus é uma ilusão, uma projeção do subconsciente humano, uma expressão de insegurança e da realização de desejos?2
O livro de Eclesiastes poeticamente resume a vida sem Deus: "Vaidade! Sem sentido! Totalmente sem sentido! Tudo é sem sentido". O filósofo ateu Jacques Monod afirma: "O homem finalmente sabe que ele está sozinho na imensidão insensível do universo, do qual surgiu apenas por acaso". Que é o homem, na ausência de Deus? Um membro insignificante e condenado de uma raça insignificante e condenada à deriva em um planeta insignificante e condenado, no meio do universo infinitamente imensurável. Qual é o nosso destino final? Nada. Extinção. A humanidade sem Deus não é uma imagem bonita. A questão da existência de Deus importa.

Então a pergunta é: será que Deus existe? Vejamos as pistas fornecidas pelo insaciável espírito religioso do homem, as origens e a afinação do Universo e a moralidade.

Pode o homem viver sem Deus? Um Argumento Existencial da Religiosidade Humana
Primeiro, considere a natureza e a extensão do desejo religioso e da experiência religiosa. Desde os primórdios da história conhecida, os seres humanos têm sido extremamente religiosos. Cada cultura humana e cada civilização teve um conceito do divino - deuses, deusas e seres espirituais. As pessoas têm um enorme desejo de compreender e tocar o divino. Santo Agostinho (354-430 d.C.) disse: "O nosso coração está inquieto enquanto não encontrar descanso em ti. [Deus]" Note também que nossos desejos naturais (por exemplo, fome, sede) são acompanhadas por algo que irá satisfazê-los (por exemplo, alimentos, água). Isto sugere que o nosso desejo de conhecer e tocar a Deus é acompanhada por algo na realidade que vai satisfazer esse desejo - a saber, Deus. Há de fato um buraco em nossos corações que só pode ser preenchido por Deus.3

Os seres humanos também têm fome de vida eterna, a persistir para além da morte física. Todas as culturas humanas expressam esse desejo (por exemplo, as pirâmides do Egito, o mundo espiritual das religiões nativas, o culto/veneração dos antepassados da Ásia ). Este anseio pela eternidade sugere que existe mais do que apenas esta vida. Finalmente, os seres humanos sempre procuraram respostas para as grandes questões da vida "de onde eu vim?", "O que há de errado comigo (e com o mundo)?", e "como podemos consertar isso?" Todos nós procuramos respostas, todos nós queremos que os erros sejam reparados, e todos nós desejamos por vida eterna. Isso é parte da condição humana porque fomos criados à imagem de Deus (Gênesis 1:26-27).4

Os Céus Declaram a Glória de Deus: Um Argumento evidencial da Cosmologia5
Depois, considere as origens do nosso universo inimaginavelmente grande e majestoso. Nosso continuum espaço-tempo de quatro dimensões6 e toda a matéria física originada no Big Bang há cerca de 13,7 bilhões de anos atrás. O que causou o Big Bang? A causa tem de ser transcendente, isto é, fora do universo físico em si (e portanto, fora do tempo e do espaço como nós o conhecemos). A causa também tem de ser pessoal (uma "rocha atemporal" não pode causar qualquer coisa). O Deus da Bíblia é um ser transcendente e pessoal que trouxe o universo à existência, como Gênesis 1:1 diz: "No princípio Deus criou os céus e a terra."

Alguém poderia perguntar: "Se Deus criou o Universo, quem [e o que] criou Deus?" Mas Deus, como causa transcendente pessoal do universo, existe independente de tempo e, como tal não tem começo. Portanto, nada criou Deus, Ele sempre existiu.7

Além disso, nosso universo é bem afinado. É regido por um número de constantes físicas e leis (por exemplo, a relatividade da gravidade), as quais são fixadas da maneira correta para sustentar a vida na Terra. Isso não é obra do acaso ou pura sorte, como alguns poderiam argumentar. Pelo contrário, é evidência de um Ser transcendente que criou o universo (tempo, espaço e matéria) para que pudéssemos viver e vir a conhecê-Lo.

Então, da próxima vez que você olhar para as estrelas, lembre-se que os céus realmente proclamam a glória de Deus, e as estrelas declaram a obra das suas mãos (Sl 19:1) - nosso universo aponta para a existência de Deus.8

A Bondade e Deus: Um Argumento Racional da Moralidade
Em terceiro lugar, consideremos a nossa consciência moral, o certo e o errado. Algumas pessoas afirmam que a moralidade é relativa à pessoa (certo para mim, errado para você). Mas todos no fundo sabem que a moral é objetiva, que algumas ações são realmente erradas e outros são verdadeiramente corretas, independentemente de saber se alguém concorda ou gosta. Reconhecemos nossos erros próprios, e com razão nos sentimos culpados por isso (ver Rom. 2:1-5). Sabemos também que algumas coisas são erradas para todas as pessoas em todas as culturas em todas as vezes - o abuso de crianças, estupro, assassinato. Se alguém discordar, comece a bater nele até que ele admita que é realmente errado você fazer isso!

De onde é que a nossa consciência de moralidade objetiva vem? Talvez a criemos, como indivíduos ou como sociedades, de acordo com nossos próprios gostos. Se sim, então o Holocausto não foi errado, mas sim a expressão de gostos morais da Alemanha nazista. Talvez a moral seja um produto da evolução, instrumental para a sobrevivência humana. Se assim for, o que chamamos hoje de "errado" pode ser amanhã "correto". De qualquer maneira, a moralidade não é uma receita de como devemos nos comportar, mas sim uma descrição de como nos comportamos. Se as normas morais não são fundamentadas em algo transcendente (isto é, fora da humanidade), é impossível dizer (como todos nós) que algo é sempre moralmente errado (ou correto). Simplificando, se Deus não existe, então o mal que os homens fazem não é mal, simplesmente é.9
A moralidade objetiva vem do nosso Deus transcendente, que declarou o que é certo e o que é errado (por exemplo, Ex 20.) baseado em Sua santidade, Seu caráter, justiça e amor. Deus é a fonte de nosso conhecimento do certo e do errado, a pista da moralidade humana aponta para a existência de Deus.

Venha, vamos raciocinar juntos: Um convite para o teísmo10
Eu abordei brevemente três pistas persuasivas que apontam para a existência de Deus. Eu não tive tempo para colocar os argumentos na sua íntegra, mas eu dei algumas sugestões para mais leitura em cada área. Além disso, deve-se reconhecer que os argumentos não são provas conclusivas. Acho-as poderosas e persuasivas, mas se você estiver totalmente fechado para considerar a possibilidade da existência de Deus, então ninguém irá convencê-lo. Se Deus não está no seu "leque de possíveis opções", então você não vai ser persuadido, não importa quais as provas e argumentos são apresentados em favor de Deus. Assim, gostaria de concluir com um apelo pessoal: eu peço para você não feche sua mente para a possibilidade de Deus. Considere as pistas que apontam para Deus com uma mente aberta, considere os ensaios que se seguem (defendendo a verdade do cristianismo em particular) com uma abertura para ser persuadido.

1 Deus é aqui entendido simplesmente como um ser transcendente ou divino - um fora do espaço e do tempo.

2 Aliás, acho que a negação moderna da existência de Deus é um tipo diferente de realização de desejo - um que surge do desejo do homem de ser autônomo, auto-suficiente e seguro em seu próprio poder.

3 De acordo com C. S. Lewis, o argumento fica dessa maneira:
a) seres humanos possuem inegável desejos naturais, anseios ou aspirações.
b) Cada desejo/anseio humano tem um complemento na natureza.
c) Os seres humanos têm profundas aspirações religiosas, que para serem satisfeitos, só podem ser satisfeitos por um Deus infinito.
d) Portanto, Deus deve existir.

4 Para saber mais, consulte Ravi Zacarias, Can Man Live Without God? (Pode o homem viver sem Deus?); William Lane Craig, Reasonable Faith (Fé Racional).

5 Salmo 19:1

6 A teoria das cordas (na maioria das suas manifestações) sugerem que há mais do que essas quatro dimensões - se você se acredita na teoria das cordas, amplie o número de dimensões em conformidade. O mesmo princípio se aplica.

7 William Lane Craig articular o argumento:
(A) Tudo o que começa a existir tem uma causa externa.
(B) O universo começou a existir.
(C) Portanto, o universo teve uma causa externa (fora do espaço e do tempo), que nós chamamos de Deus.

8 Para saber mais, consulte Lee Strobel, The Case For a Creator (Em Defesa de um Criador) ; Norm Geisler & Frank Turek, Não Tenho Fé Suficiente Para Ser Ateu.

9 Para ler mais, veja C. S. Lewis, Cristianismo puro e simples, Timothy Keller, A Fé na Era do Ceticismo.

10 Isaías 1:18.

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Nas escrituras, tirar os sapatos tem um significado muito especial. Quando Moisés teve seu primeiro confronto com Deus, Ele disse para que ele tirasse seus sapatos porque ele estava em terra santa. Jesus caminhou descalço para o Calvário. Na cultura daquele tempo, estar descalço era o sinal que você era um escravo. Um escravo não tinha direitos. Jesus nos deu o exemplo supremo de renunciar tudo por um grande objetivo.
Loren Cunningham Making Jesus Lord / Marc 8:34,35

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