domingo, julho 10, 2011

Comentário contrário não é necessário


No dia 15 de Junho de 2011, lendo uma texto da Igreja Contemporânea sobre homofobia, resolvi deixar o seguinte comentário:

Eu acredito que exista uma grande descaracterização do debate, especialmente quando uma das partes inicia o diálogo já rotulando a outra pejorativamente. É o que acontece com a palavra homofobia. Fobia é uma condição clínica, denota um medo descomunal de algo. Eu nunca conheci ninguém homofóbico, nunca conheci uma pessoa que fica patologicamente doente perto de um homossexual. Eu conheço gente que odeia outras pessoas, mas tal ódio poderia ser bem dirigido a qualquer outra pessoa, judeu, nordestino ou mesmo o torcedor de outro time. Mas não criamos palavras como judeofóbico (existe anti-semita) ou noderstinofóbico para definir tal pessoa. Já existe uma palavra que expressa bem isso: crime. É assim que deveriam ser tratados quem agride uma outra pessoa sem justificativa, seja um homossexual, seja um heterossexual. Já temos leis mais do que o suficientes para cuidar disso.
O que incomoda no final das contas, é que a luta pela “criminalização da homofobia” serve dois propósitos ruins para a sociedade. O primeiro, ele passa a ser usado não para agressores dos homossexuais, mas para todo e qualquer que não concorda com o estilo de vida dos homossexuais. Isso é silenciar o diálogo e criminalizar quem discorda. O segundo, é criar duas classes de cidadãos: homossexuais e heterossexuais. Direitos diferenciados para um e para outro. A lei que protege o heterossexual deve ser a mesma que também protege o homossexual. A divisão de leis diferencia aquilo que deveria ser considerado como igual. E isso terá efeitos danosos no futuro, para ambos os lados.
Infelizmente não podemos ter mais esse diálogo e seremos taxados de homofóbicos. Não podemos mais declarar que a Bíblia condena o estilo de vida homossexual, tanto no VT quanto no NT, pois somos homofóbicos. Equipararam a disputa de ideias a atitudes criminosas. Fica difícil um diálogo honesto sobre o assunto.

Até esse exato momento (00:01 de 10 de Julho de 2011) meu comentário não foi publicado. Lendo os outros comentários no artigo, é fácil perceber que somente aqueles que concordam com a visão da Igreja Contemporânea podem ter seus comentários publicados. Aqueles que discordam, ou pelo menos tentam trazer alguma reflexão a essa discussão (ou melhor monólogo) não têm vez.
É um direito de todo o site publicar os comentários conforme suas próprias políticas. Eu faço isso. Mas é triste saber que tem gente que jamais abriria a porta para um verdadeiro diálogo.
O medo de ter seu castelo de cartas derrubado é muito maior que o desejo pela descoberta da verdade.

Um comentário:

Nana disse...

Oi, hoje tem blogagem coletiva do Projeto 10 em 10! 10 fotos em 10 momentos diferentes do seu dia 10. Participe! Bjs e fik c Deus.

Nas escrituras, tirar os sapatos tem um significado muito especial. Quando Moisés teve seu primeiro confronto com Deus, Ele disse para que ele tirasse seus sapatos porque ele estava em terra santa. Jesus caminhou descalço para o Calvário. Na cultura daquele tempo, estar descalço era o sinal que você era um escravo. Um escravo não tinha direitos. Jesus nos deu o exemplo supremo de renunciar tudo por um grande objetivo.
Loren Cunningham Making Jesus Lord / Marc 8:34,35

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