domingo, abril 15, 2012

O Titanic, Mitras e Jesus




No dia 14 de Abril de 1912, o navio Titanic atingiu um iceberg em sua viagem inaugural e começou seu famoso naufrágio. 1500 pessoas perderam a sua vida. E um filme com uma música “chiclete” foi feito em 1997 (relançado no cinema essa semana em 3D). Toda essa história é bastante conhecida. Mas uma coisa que pouca gente sabe é que o naufrágio foi “predito” em um livro chamado “Futility, or the Wreck of the Titan” (Futilidade, ou o Naufrágio do Titã), escrito em 1898 pelo mercador marítimo Morgan Robertson.
O mais interessante do livro é que ele possui muitas similaridades entre a versão de 1898 e o naufrágio de 1912:
  • Ambos navios foram construídos para serem inafundáveis.
  • Ambos navios naufragaram ao bater em um iceberg.
  • Ambos navios estavam em sua viagem inaugural.
  • As mais famosos e ricos do momento estavam no Titan e no Titanic.
  • Apenas um terço de dos passageiros de ambos navios sobreviveu.
  • Ambos navios possuíam um número inadequado de botes salva vidas.
  • Ambos navios foram encorajados a quebrar os recode de velocidade em sua viagem.

Tudo é muito interessante, mas o que isso tem a ver com os temos do nosso blog? Eu estava tentando a escrever algo sobre os “icebergs” de nossa vida e como Jesus pode nos guiar por mares tranquilos se não tivermos o orgulho e a pompa de tirá-lo do timão dos navios da nossa vida, mas eu resisti firmemente a escrever esse tipo de bobagem. A história do livro escrito 14 anos antes do naufrágio nos é interessante por causa de outra coisa.
Muita gente, especialmente nos recônditos mais escondidos da internet, proclama que o Jesus da fé não tem nada a ver com o Jesus histórico. Se existiu alguém na palestina do primeiro século com o nome de Jesus, ele foi no máximo um líder carismático de um pequeno grupo que foi morto pelas sua pregação. Nada mais que isso. Todo o resto que a Bíblia afirma (incluindo a data de seu nascimento, 25 de Dezembro!!!!) é parte de uma conspiração inventada pela igreja, ao adotar a mitologia da época e aplicá-la a pessoa de Cristo. Veja esse site por exemplo. O filme Zeitgeist também fez fama na internet por causa de suas “revelações”. O deus Mitras é um dos mais citados como a fonte de origem para vários dos elementos da cristologia. Alguns exemplos:
  • Nasceu dia 25 de dezembro;
  • nasceu de uma virgem;
  • teve 12 discípulos;
  • praticou milagres;
  • morreu crucificado;
  • ressuscitou no 3º dia;
  • era chamado de “A Verdade”, “A Luz”
  • veio para lavar os pecados da humanidade;
  • foi batizado;
  • como deus, tinha um “filho”, chamado Zoroastro.


Mitras

Uau, muita gente pode pensar que isso “prova” que o Cristo do cristianismo nada é mais do que uma versão judaica da mitologia persa. Mas duas coisas nos mostram que isso não é necessariamente verdade. A primeira, é que muito dos mitos sobre esses deuses são exatamente isso, mitos. Não correspondem às verdadeiras descrições dessas deidades. Mitras, por exemplo. Podemos dizer que existem dois Mitras. O persa e o romano. Sobre o persa, pouca coisa sabemos. A maior parte é através de pinturas. Não existes praticamente textos sobre as crenças desse período. Uma delas, por exemplo, é que ele nasceu de uma rocha, não de uma virgem. Pastores realmente testemunharam seu nascimento e até o ajudaram a sair da rocha, mas o mais interessante é que esses pastores estavam ali em um tempo que não deveria haver seres humanos. Ele não teve doze discípulos como Jesus e nem morreu pelos pecados das pessoas. Na verdade, não existe registro de sua morte. A versão romana é bem mais recente e essa apresenta muitas similaridades com Jesus. Mas o diabo está nos detalhes. O Mitras romano veio depois de Jesus Cristo. Essa religião, o Mistério Mitráico, foi praticado do primeiro até o quarto século por todo o império romano. O que provavelmente aconteceu aqui é que o Mitras romano começou a adotar algumas das crenças do cristianismo, que crescia rapidamente, para tentar se tornar mais apelativo ao povo da época. Isso fica claro quando se compara o Mitras do primeiro século o dos séculos posteriores. O que aconteceu foi exatamente o contrário do que muita gente afirma.
A segunda coisa interessante nos é trazida pelo livro de Robertson, que antecedeu o desastre do navio em 14 anos. Mesmo que as histórias sobre as deidades fossem exatamente iguais às de Cristo (e uma análise cuidadosa das declarações nos mostram que não são), o máximo que poderíamos tirar disso é que o homem consegue prever eventos que estão para ocorrer. E não estou falando aqui sobre uma previsão “mediúnica” ou mesmo “profecia”. Estou falando sobre outras coisas. Como por exemplo, a observação da sociedade. É bem possível que Robertson estivesse observando como a sociedade de sua época era e percebeu que algo como o naufrágio do Titan poderia acontecer. Dito e feito. No caso dos deuses mitológicos, é possível que o homem perceba algumas das coisas que vão no coração do homem, colocados ali por Deus, ou mesmo percebam muito sobre os atributos de Deus através da natureza. É possível para o homem saber muito sobre Deus através da chamada Teologia Natural, mesmo não sendo suficiente para a salvação. Isso é possível, mas como já disse, não é o caso de nenhum dos deuses mitológicos. Nem reunindo todos eles teríamos características suficientes para serem considerados os originadores do Deus cristão.
A documentação histórica sobre Cristo é impressionante. O Jesus da história é o mesmo Cristo da fé e isso nos é comprovado pela vasta documentação da época. A descoberta de um fragmento de um texto de Marcos, aparentemente do primeiro século, deverá ser revelada em um estudo no ano que vem, caso as datações realmente comprovem essa data. Se isso for verdade, todas as teorias que dizem que o Novo Testamento foi escrito muito tempo depois da vida dos apóstolos terão que ser revistas.
Vamos voltar em breve com novas postagens sobre a confiabilidade do Novo Testamento.
Esse é o tipo de informação que todo cristão deveria conhecer.

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Nas escrituras, tirar os sapatos tem um significado muito especial. Quando Moisés teve seu primeiro confronto com Deus, Ele disse para que ele tirasse seus sapatos porque ele estava em terra santa. Jesus caminhou descalço para o Calvário. Na cultura daquele tempo, estar descalço era o sinal que você era um escravo. Um escravo não tinha direitos. Jesus nos deu o exemplo supremo de renunciar tudo por um grande objetivo.
Loren Cunningham Making Jesus Lord / Marc 8:34,35

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