quinta-feira, maio 24, 2012

Poderei ser feliz no céu enquanto as pessoas sofrem no inferno?


Nós temos um amigo no Facebook que se diz cristão, mas gosta muito de postar imagens da ATEA- Associação Brasileira de Ateus e Agnósticos. E não apenas postar essas imagens, mas também defendê-las, mesmo quando sua mensagem não faz sentido. Algumas vezes debatemos com ele pelo próprio Facebook e outras simplesmente deixamos passar. Mas sempre existe uma boa oportunidade para se aprender alguma coisa, já que os desafios lançados pelas imagens possuem questões que muitas pessoas realmente levantam, mesmo que muitas delas se fundamentem fortemente na retórica e na descaracterização do cristianismo e da Bíblia. A última imagem publicada é a que segue abaixo.

  
Essa imagem apresenta um desafio à idéia da coexistência de céu e inferno, por um simples motivo: se o céu é bom e o inferno ruim, como aqueles no céu poderão se alegrar sabendo que milhões (eu diria bilhões) de almas estarão sofrendo no inferno? Assim sendo, céu e inferno não existem. Colocado em forma de silogismo, temos:
  • O céu é um lugar de felicidade e bom.
  • O inferno é um lugar de sofrimento e ruim.
  • As pessoas no céu estão conscientes do sofrimento no inferno.
  • Portanto, o céu não existe.

Perceba que a conclusão não se segue as premissas. Não se pode concluir que o céu não existe simplesmente porque aqueles que ali estão possuem conhecimento sobre o que está acontecendo no inferno. Mas é essa a conclusão que a imagem nos traz. Na verdade, ela já conclui tal coisa mesmo antes de apresentar seus argumentos quando diz “Como poderiam céu e inferno coexistir?”
Mesmo que ignoremos essa falha lógica no raciocínio do texto, ainda sim temos que lidar com a questão: como as pessoas no céu poderão realmente se considerar felizes sabendo que outras pessoas estão sofrendo no inferno? Melhor ainda, vamos tornar a coisa pessoal: como uma mãe poderá ser feliz no céu sabendo que seu filho estará sofrendo eternamente no inferno?
Esse questionamento é facilmente respondido quando entendemos melhor o porquê as pessoas vão parar no inferno. As pessoas vão para o inferno pela suas próprias ações. Ninguém vai para o inferno sem merecer. Ninguém. Diferente do que o texto deixa a entender nenhum inocente jamais irá para o inferno. Todos que vão para lá vão pelos seus próprios pés. Todos nós pecamos (Rom 3:23). Todos nós transgredimos as ordenanças de Deus. A Bíblia diz que não existe nenhum justo, nenhum sequer (Rom 3:10). Se não fosse a ação graciosa de Deus em nos salvar, todos nós terminaríamos no inferno. Se você acha que não estou exagerando, leia o artigo A pergunta do milhão de Dólares e veja como você se sai.
Uma vez definido que todos que vão para o inferno o vão porque merecem, como poderemos ser felizes no céu sabendo que bilhões de pessoas vão passar a eternidade sofrendo a justa punição pelo seu pecado? Por um simples motivo: Deus. No céu, teremos um grande vislumbre da santidade de Deus e perceberemos melhor o quanto o pecado é horrendo. Nosso amor pelo pecado deixará de existir, já que não teremos mais a influência da carne e, livres do pecado, teremos a medida da transgressão do homem e do amor de Deus. Perceberemos o quanto Deus nos amou ao nos salvar mesmo nós sendo transgressores, mesmo merecendo o inferno, assim como aquelas pobres almas que pagam sua sentença.
Tudo parece meio místico, mas é possível observarmos um paralelo em nossa própria sociedade. Vou colocar a frase da seguinte maneira: “como podemos ser felizes no mundo de hoje sabendo que milhões de pessoas estão sofrendo nos presídios?” “Peraí”, você diz, “as pessoas que estão nas prisões são criminosos que estão pagando pelos seus crimes”. Exatamente. Assim também é com aqueles que irão para o inferno. Eles pagam por suas próprias escolhas.
Conforme tivermos a medida da santidade de Deus e da pecaminosidade do homem, poderemos entender melhor como seremos felizes no céu, enquanto bilhões pagam pelos seus crimes contra o Deus eterno.
Se as pessoas se preocupassem menos em como poderiam ser felizes no céu e mais em como poderiam escapar da ira vindoura, elas perceberiam como esse tipo de desafio simplesmente não faz sentido.
Vamos ver qual é a próxima que nosso amigo “cristão” que é fã da ATEA irá publicar no Facebook. Se for algo interessante, tenha certeza que vamos trazer pra cá.

Um comentário:

Wellington disse...

Olá amigos,essa questão sobre o inferno sempre foi questionada entre cristãos e ateus, mas gostaria de lhes apresentar 2 estudos sobre esse tema que eu achei muito interessante:http://setimodia.wordpress.com/2012/05/22/inferno-tormento-eterno/ e este outro:http://jesusapalavra.blogspot.com.br/2012/05/inferno-fogo-extinguivel.html

Nas escrituras, tirar os sapatos tem um significado muito especial. Quando Moisés teve seu primeiro confronto com Deus, Ele disse para que ele tirasse seus sapatos porque ele estava em terra santa. Jesus caminhou descalço para o Calvário. Na cultura daquele tempo, estar descalço era o sinal que você era um escravo. Um escravo não tinha direitos. Jesus nos deu o exemplo supremo de renunciar tudo por um grande objetivo.
Loren Cunningham Making Jesus Lord / Marc 8:34,35

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