Portanto,
ninguém vos julgue pelo comer, ou pelo beber, ou por causa dos dias de festa,
ou da lua nova, ou dos sábados,
Que são
sombras das coisas futuras, mas o corpo é de Cristo.
Ninguém vos
domine a seu bel-prazer com pretexto de humildade e culto dos anjos,
envolvendo-se em coisas que não viu; estando debalde inchado na sua carnal
compreensão,
E não
ligado à cabeça, da qual todo o corpo, provido e organizado pelas juntas e
ligaduras, vai crescendo em aumento de Deus.
Se, pois,
estais mortos com Cristo quanto aos rudimentos do mundo, por que vos carregam
ainda de ordenanças, como se vivêsseis no mundo, tais como:
Não toques,
não proves, não manuseies?
As quais
coisas todas perecem pelo uso, segundo os preceitos e doutrinas dos homens;
As quais
têm, na verdade, alguma aparência de sabedoria, em devoção voluntária,
humildade, e em disciplina do corpo, mas não são de valor algum senão para a
satisfação da carne.
Penn Jillette, a metade alta e barulhenta da peça de comédia/mágica “Penn and Teller”,
é um ateu muito conhecido. Ele é tão comprometido com o ateísmo que ele afirma,
“eu risco a palavra Deus de cada nota de dólar que cai na minha mão”.
No entanto,
em 2008, Penn disse que após um de seus shows, um homem de negócios o abordou e
lhe deu um Novo Testamento dos Gideões. Penn comentou, “Foi maravilhoso. Eu
acho que ele sabia que eu era um ateu, mas ele não estava na defensiva e ele me
olhou diretamente nos olhos... e me deu essa Bíblia. Eu sempre disse que não
respeito as pessoas que não fazem proselitismo. Eu não as respeito de jeito
nenhum. Se você acredita que existe um céu e um inferno e que as pessoas
poderiam ir para o inferno, ou não conseguir a vida eterna ou qualquer coisa do
tipo, e você achasse que ‘bem, não vale a pena contar isso pras pessoas porque
isso pode causar um desconforto social’... quanto você precisaria odiar uma
pessoa para acreditar que a vida eterna é possível e não contar para as
pessoas? Se eu acreditasse sem sombras de dúvidas que um caminhão estava vindo
na sua direção e você não acreditasse, e o caminhão estivesse chegando cada vez
mais perto de você, chegaria um ponto que eu ia puxar você – e isso é mais
importante do que ser atropelado por um caminhão. Ele se importou o bastante
comigo para falar comigo e me dar uma Bíblia”.
Prática de aspergir água, derramar água sobre a cabeça ou imergir em água como ato de iniciação cristão e obediência ao mandamento de Jesus Cristo. O batismo como ordenança ou sacramento cristão tem aplicação univsersal na igreja, embora haja grande divergência quanto à sua aplicação; se aos que conscientemente exercitam a fé em Cristo (bastismo dos crentes) ou se também aos recém-nascidos, cujos pais são cristãos (batismo de recém-nascidos ou pedobatismo).
Fonte:Dicionário de Teologia, edição de bolso. Ed. Vida.
Eu ainda
fico atônita que tantos ateus falham em perceber a falência intelectual de suas
próprias crenças – quando as mesmas são levadas às suas conclusões lógicas. Isso
é um problema particularmente evidente naqueles que fizeram carreira espalhando
o “evangelho” da evolução naturalista – a visão que todas as coisas são o
resultado de um processo natural cego e leis agindo sobre a matéria.
Dr. Alvin Plantinga
Em 1994,
Dr. Alvin Plantinga da Universidade de Notre Dame escreveu um trabalho intitulado "Naturalism Defeated" (Naturalismo Derrotado). Seu argumento (e eu estou
simplificando e parafraseando aqui) era que se as nossas mentes humanas são o
produto de uma evolução naturalista, então não podemos confiar em nossas mentes
para produzir verdades confiáveis a respeito do mundo exterior. O máximo que
poderíamos esperar, Plantinga afirma, é que nossas mentes são confiáveis o
bastante para promover sobrevivência e reprodução. Portanto, a afirmação que o naturalismo
é verdade está sendo feita por uma mente que não é confiável.
Plantinga não
foi o primeiro pensador a apontar esse enigma do ateísmo. Em um artigo intitulado
“Religion Without Dogma?”(Religião
sem dogma?) o falecido C.S. Lewis disse:
C.S. (vulgo Jack) Lewis
Seria
impossível aceitar o naturalismo em si mesmo se realmente e consistentemente acreditássemos
nele. Pois o naturalismo é um sistema de crenças. …se o naturalismo fosse
verdadeiro então todo pensamento seria o completo resultado de causas
irracionais. Assim, todo pensamento seria igualmente sem valor. Portanto, o naturalismo
seria sem valor. Se for verdadeiro, então não podemos conenhecer nenhuma
verdade. É como se o naturalismo cortasse a própria gartanta.
Lewis continua:
Eu me lembro
de uma vez me mostraram um tipo de nó que era feito de uma forma que se você
adicionasse um embaraço extra para garantir o nó, você de repente descobriria
que a coisa toda se desfez em suas mãos e tudo o que você tem é um pedaço de
fio. É o mesmo com o naturalismo. Ele continua reclamando território após
território: primeiro o inorgânico, então os organismos menores, então o corpo
do homem e então suas emoções. Mas quando dá o passo final e tenta uma
explicação naturalista para o pensamento em si, de repente a coisa toda se
desmancha.
Bem dito,
Jack, bem dito!
A natureza
auto-refutável do naturalismo é uma inconsistência séria para a visão de mundo
ateísta. Apenas pela direção com um propósito de um agente inteligente, responsável
pela mente do homem, podemos ter confiança nas verdades que averiguamos sobre nós
mesmos ou sobre o mundo. A verdadeira racionalidade não pode vir de um processo
natural irracional. A inteligência não pode vir daquilo que não é inteligente. O
efeito não pode ser maior do que a sua causa.
Veja os
dois vídeos abaixo. Assista com cuidado. Veja o clima, o tipo de música, a
postura das pessoas que estão adorando e me responda após cuidadosa reflexão:
qual dos dois grupos está adorando a Deus com mais fervor? Qual dos tipos de
adoração, uma mais tradicional e a outra mais contemporânea, pode nos levar a
uma adoração fervorosa ao nosso Deus?
A resposta
pode depender do ambiente o qual você está envolvido. Se você vem de igrejas
mais tradicionais ou históricas, vai achar que o primeiro grupo está adorando a
Deus de forma mais correta e solene, compatível com quem Ele é e com a sua
revelação (Escrituras). Se você vem de igrejas mais modernas ou mesmo
pentecostais, vai achar que o segundo grupo adora com mais fervor, já que pulam,
batem palma, se soltam completamente no louvor.
Na verdade,
a minha resposta a essa pergunta é: eu não sei. Não sei dizer qual grupo está
adorando com mais fervor. A resposta pode ser ambos, um ou outro ou mesmo
nenhum. Na verdade, o mais correto seria dizer que entre ambos os grupos, temos
tanto pessoas adorando com fervor quanto pessoas que estão apenas cantando, mas
não adorando a Deus verdadeiramente. Eu digo isso porque o que define o nosso
fervor na adoração não é o nosso exterior, mas sim o nosso coração. O exterior
pode muito bem ser manipulado e influenciado. Quem está ao seu lado em um culto
de adoração não sabe o que está se passado dentro de você. Você pode estar com
as mãos levantadas e gritando “Jesus eu te amo”, mas no seu interior nada disso
é verdade. Mas você pode fazer isso também cantando um hino. Vai cantar novamente
aquele hino que você já decorou há muito tempo. Você simplesmente repete
aquelas palavras que são bíblicas, mas vazias pra você. Leia Mateus 6 e veja
como Jesus compara demonstrações exteriores de adoração com aquilo que realmente
está no coração de cada um (e teu Pai, que vê em secreto... v6).
Infelizmente
na igreja, temos a péssima tendência de olhar para o exterior das pessoas e
buscar definir por ali se existe verdadeira adoração ou não, quando a adoração
real vem do coração (João 4:24). Se você acha que estou exagerando, veja esses
dois exemplos:
A pessoa
que freqüenta uma igreja com louvor mais contemporâneo, onde se batem palmas,
dançam e cantam com as mãos levantadas, visita uma igreja tradicional, onde se
cantam hinos ao som de piano e ninguém bate palma. Tudo parece um pouco
estranho, engessado, parado. Ela provavelmente vai taxar esse tipo de adoração
de “louvor morto”.
Aquele que freqüenta
uma igreja tradicional, que busca adorar a Deus por aquilo que Ele é e sem
querer forçar sentimentos, vai a uma igreja com louvor contemporâneo. Ali todo
mundo bate palmas, dança, mãos levantadas, enfim, todo o pacote. Tudo parece
uma bagunça, ninguém ouve ninguém, todos parecem em um transe. Ele
provavelmente vai taxar esse tipo de adoração como “caótica”.
O mais
interessante é que Deus vai olhar para o coração das pessoas, não para suas
mãos levantadas ou abaixadas. Ele sonda os corações (Salmo 139:23). Aliás,
mesmo os nossos corações não são suficientes para garantir uma adoração
aceitável para Deus (Jeremias 17:9). Nossa adoração só é aceita por Deus por
causa de Jesus Cristo (Hebreus 10:19-21). Como temos um mediador entre nós e
Deus (1 Timóteo 2:5), podemos nos aproximar desse Deus e adorá-los livremente,
porque o nosso Sumo Sacerdote, Jesus Cristo, apresenta nossa adoração ao Pai.
Portanto,
vamos fazer o que o salmista diz:
Louvai ao
SENHOR. Louvai a Deus no seu santuário; louvai-o no firmamento do seu poder.
Louvai-o
pelos seus atos poderosos; louvai-o conforme a excelência da sua grandeza.
Louvai-o
com o som de trombeta; louvai-o com o saltério e a harpa.
Louvai-o
com o tamborim e a dança, louvai-o com instrumentos de cordas e com órgãos.
Louvai-o
com os címbalos sonoros; louvai-o com címbalos altissonantes.
Tudo quanto
tem fôlego louve ao SENHOR. Louvai ao SENHOR.
Salmos
150:1-6
E deixe que
Deus cuide do que vai no coração dos outros.
No vídeo acima, podemos ver o ator Kirk Cameron, do filme cristão À Prova de Fogo, evangelizando uma gang* em Los Angeles. O vídeo tem legendas em espanhol, mas acredito que dá pra entender bem a conversa.
Kirk é um dos líderes do ministério Way of the Master, que tem influenciado muito do trabalho que fazemos aqui no blog.
*Alguns anos depois desse evangelismo, Kirk Cameron reencontou um dos membros da gang e descobriu que ele havia se convertido e era pastor em uma pequena igreja.
Basílio, bispo de Cesaréia, foi um dos três teólogos conhecidos como Pais Capadócios. Embora tenha sido influente no surgimento do monasticismo comunitário baseado na obediência, na santidade e no amor, Basílio é mais bem lembrado por sua contribuição ao desenvolvimento da doutrina ortodoxa da Trindade. Em sua defesa da fé doutrinária, ele introduziu uma fórmula para a trindade consistindo de uma substância (ousia) e três pessoas (hypostases).
Fonte:Dicionário de Teologia, edição de bolso. Ed. Vida.
“A melhor
defesa do cristianismo é a sua explicação. Em outras palavras, se você quiser
defender ou recomendar o cristianismo, é melhor começar contando para as
pessoas o que o cristianismo realmente é.”
Alister
McGrath
Mere Apologetics (Kindle Locations 2326-2328). Baker Book
Group. Kindle Edition
Agora que o
presidente americano Barack Obama se posicionou oficialmente a favor do “casamento”
gay (eu coloco a palavra casamento entre parênteses porque a idéia de casamento
é entre pessoas de sexo oposto, assim, seu uso no contexto homossexual não faz
sentido), o que não foi surpresa pra ninguém, muito mais gente vai se
posicionar a favor também. Muito pode ser debatido sobre isso e já o fizemos
aqui no blog. Temos argumentos tanto bíblicos como seculares que nos levam a
uma oposição à instituição do “casamento” gay como algo reconhecido pelo
governo. Os mais fortes de nossos argumentos se baseiam nas Escrituras, já que
a Bíblia claramente define casamento como a união entre um homem e uma mulher
(Mateus 19:4) e condena o comportamento homossexual (1 Coríntios 6:9).
Exatamente por isso, o principal ataque que vamos ver para diminuir nossa
oposição é contra a Bíblia.
Um que
tenho visto por aí, que tem ganhado fôlego nos Estados Unidos, vem na forma de
silogismo e diz assim:
Uma leitura
literal da Bíblia leva ao entendimento que o homossexualismo é errado.
Uma leitura
literal da Bíblia levou à escravidão nas Américas.
Portanto,
não devemos ler a Bíblia de forma literal.
Esse
silogismo tem um peso retórico forte porque ele associa a Bíblia à terrível escravatura
que aconteceu nas Américas. Mas, quando analisado com mais calma, podemos ver
que existem várias falhar nesse pensamento.
O primeiro
problema com esse argumento é que a conclusão não se segue às premissas.
Supondo que a segunda premissa seja verdadeira (que não é, mas vamos cuidar
disso mais tarde), o fato que a leitura literal de um ponto das Escrituras
possa ter levado a algo tão terrível quanto a escravidão não faz com que toda a
leitura literal as Escrituras seja maligna. Aliás, foi pela leitura literal das
Escrituras que muitas coisas boas foram feitas pela humanidade. Escolas,
orfanatos, hospitais, cuidado com os pobres, preservação de idiomas que hoje
seriam extintos, associações de caridade, ajuda humanitária, pesquisa, a
própria invenção do livro, a ciência como um todo, tudo isso e muito mais foi
fruto de homens e mulheres que leram e aplicaram as Escrituras à suas vidas de
forma literal. A parte de tudo isso, talvez o que a Bíblia nos informa sobre o
homossexualismo seja verdadeiro. Esse argumento sofre de raciocínio circular
porque ele usa como argumento aquilo que se está tentando defender. Ele já considera
que a Bíblia está errada sobre o comportamento homossexual, assim como ela está
supostamente errada em relação à escravidão. Portanto, a conclusão não se segue
às premissas, sendo assim, o argumento é errado e falacioso.
Mas temos outro
ponto interessante. Quem afirma a segunda premissa, que a leitura literal da
Bíblia levou à escravidão nas Américas, ou desconhece o que a Bíblia diz sobre
escravidão, ou desconhece o que foi a escravidão nas Américas. Você pode ler
sobre a Bíblia e a escravidão em mais detalhes aqui, mas resumidamente, o que a
Bíblia regulava e que nós chamamos de escravidão foi bastante diferente do que
aconteceu nas Américas. A escravidão na Bíblia era em sua grande maioria por
dívida, o escravo tinha que ser tratado como funcionário contratado, deveria
ser liberado ao término de 7 anos, escravidão permanente deveria ser
voluntária, a venda de seres humanos era proibida e se um escravo fosse ferido,
ele deveria ser solto. Veja aqui os slides da apresentação sobre a escravidão e
a Bíblia com as referências aos textos acima.
Se os
colonizadores das Américas tivessem lido a Bíblia de forma literal (e a
tivessem seguido), a escravidão nas Américas jamais teria acontecido ou pelo
menos seria algo bem menos grave.
É por isso
(e muitos outros motivos) que o cristão precisa conhecer as Escrituras, conhecer
o texto como um todo, mas também precisa estar pronto para defender a Bíblia
como Palavra de Deus. Se a Bíblia realmente for a Palavra de Deus, poderemos
usá-la como autoridade para aquilo que é certo ou não. Se não for, então, nada
mais precisa ser dito e cada um faz o que bem entender. Ninguém terá a
obrigação de seguir a moralidade de ninguém, seja a que é a favor ou a que é
contra o homossexualismo.
Enquanto
isso, vamos continuar vendo argumentos ruins sendo lançados no meio do debate.
Onde falta lógica, sobra retórica.
Nas escrituras, tirar os sapatos tem um significado muito especial. Quando Moisés teve seu primeiro confronto com Deus, Ele disse para que ele tirasse seus sapatos porque ele estava em terra santa. Jesus caminhou descalço para o Calvário. Na cultura daquele tempo, estar descalço era o sinal que você era um escravo. Um escravo não tinha direitos. Jesus nos deu o exemplo supremo de renunciar tudo por um grande objetivo.